segunda-feira, janeiro 14, 2008

Tal XI

Depois de ter visto um anúncio da Julia Pinheiro a fazer-se de ninja, senti-me bastante deprimido. Pouco depois disseram-me que eu já não era uma criança e que não dava para brincar comigo. Aí passei-me completamente.
Foi então que decidi vir cá ao blog escrever as minhas frustrações. Enquanto eu não encontrar algo mais cómico que numerar os meus textos com numeração romana, vão ter que aguentar comigo e com a minha frustração principal do momento: jogos online.

Desde os tempos mais remotos da civilização que os homens se perguntam: "Como é que enviamos pornografia uns para os outros facilmente?". Durante séculos não conseguiram responder a esta pergunta. Usavam livros ou gravuras ou algo parecido. E depois a Internet nasceu...
Festas foram feitas, celebrações em todo o lado (excepto na Rússia, eles lá não podiam saber; naquela altura é claro). Isto tudo estava a correr muito bem. Algumas pessoas também usavam a Internet para dizer as noticias ou para criar blogs, mas tudo isso estava longe do que realmente significava ter Internet.

Mas, num dia de trovoada, um programador com medo de mulheres fechou-se no seu quarto e sentou-se a programar no seu computador. Este é conhecido como o primeiro cromo dos tempos da Internet. Malévolamente, ele ia vingar-se de todas as raparigas que gozavam com ele, tirando-lhes os namorados, fazendo-as suplicar aos homens para namorar, em vez de ser ao contrário...
Com todo o seu génio informático, ele usou a sua raiva e a sua ira num só bocado de texto programativo(?) e criou o primeiro..... jogo..... online....

Agora, a sua pequena "Vendetta" contra as raparigas transformou-se num monstro de 7 cabeças (3 das quais representam vendedores de dinheiro virtual asiáticos). Agora, pessoas morrem a jogar tanto de um determinado jogo...
O que me leva à questão seguinte... Essas pessoas que morrem de paragem cardiaca depois de estarem 72 horas seguidas a jogar são orgulhosas, ou simplesmente estúpidas? Quer dizer, não é que elas possam dizer, "Ah e tal, não tinha sono nem fome nem nada disso" ou "Ah e tal, eu costumo fazer xixi para garrafas de água, é um hábito meu..." ou até mesmo "Ah e tal, eu não tenho vida social por opção e o facto de eu estar a contribuir mais para o meu atrofismo muscular por cada dia que passo a jogar quer dizer que gosto de correr riscos". Mais ridiculo ainda é que os cromozinhos que andam por ai às pancadas uns aos outros (virtualmente é claro, provavelmente não conseguiriam derrotar uma tartaruga na vida real) às vezes escolhem personagens virtuais femininas, que é exactamente o que eles tendem a evitar a todo o custo.

Enfim, o mundo tá doido, já dizia o outro...

P.S. : Não quero de maneira nenhuma ofender as pessoas que jogam computador online. Só quero ofender (e de que maneira!) as que jogam abusivamente.

4 Comments:

At 3:12 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Tens toda a razão. Realmente os jogos online, leia-se: World of Warcraft, Unreal Tournament, Counter-Strike, Ogame, entre outros, são a projecção de uma segunda vida, desta feita virtual, do ser humano (até já há um jogo que é o second life). Se formos mais longe, em sitios como o Japão e noutros países asiáticos, os jogos online estão intimamente ligados à vida quotidiana dos jovens e até mesmo de alguns adultos. Muitos jovens fecham-se nos quartos como verdadeiros eremitas (genero Obi Wan Kenobi- episode IV) a jogar estes jogos. São as novas tendências. É a Sociedade que nós criámos...

Isto advém, a meu ver, da necessidade que o ser humano tem de se libertar das normas sociais impostas, do poder instituido, sendo que nesses jogos eles podem dar azo às suas vertentes pessoais mais instintivas, que sao obrigados a esconder na rotina diária. Matar pessoas, voar, ter aventuras, controlar alguém, exercer um poder coercivo, dominar... epa, cenas que no dia-a-dia normal nao podemos fazer devido às normas que se estabeleceram, devido às leis. Nos jogos online podemos dar azo aos nossos sentimentos mais irreflectidos, mais superficiais, sem que tenhamos que responder por eles e sejamos castigados... Podemos libertar o nosso stress.

Se isto é positivo ou negativo... não te sei dizer, há opinioes para tudo, mas é certamente uma nova forma de convivência social, só que virtual. Vê as coisas deste prisma: há quem só tenha amigos virtuais porque na vida real é um elemento excluído das relações sociais...

No que disseste em relação ao jogo online vs. gaja... concordo plenamente contigo lool. Conheço um casal que aqui há tempos se separou porque ele era um "agarrado" à ps e ao pc e nao lhe dava a "atenção devida"... e viva o amor! Don't blame me, blame society!

 
At 12:56 da tarde, Blogger Rei Bacalhau said...

De facto, levaste as coisas a um nivel ainda mais filosófico do que eu. Mas estás a imaginar se tivesses um machado gigante e andasses por ai a matar pessoal na vida real? Portanto talvez as normas sociais sejam necessárias, infelizmente...

 
At 9:59 da tarde, Blogger Luís Santiago said...

Se o monstro tem 7 cabeças e 3 são asiáticas onde estão as outras?

 
At 7:39 da tarde, Anonymous Anónimo said...

LOOOOOL
"Mas estás a imaginar se tivesses um machado gigante e andasses por ai a matar pessoal na vida real? Portanto talvez as normas sociais sejam necessárias, infelizmente..."
na "vida virtual" talvez mts fizessem isso, mas nao concordo que seja so as leis sociais que nos impedem de andar a machadada xD ...
duvido que mts dos que jogam "porrada online" o façam ... mesmo que pudessem na vida real... significaria um nivel elevado de egoismo, e de masoquismo (ou seja "psicopatia").
E muitos desse "cromos da internet" nao o sao so por causa da sociedade instaurada.. tb pode ter a haver com mt do seu "ser"
...enfim

 

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