sábado, maio 24, 2008

São poucas as coisas que me deixam embasbacado e sem palavras. Sou aquela pessoa que olha para uma pirâmide e diz : Grande coisa...
Mas hoje enquanto brincava com o meu primo de 5 anos e lhe perguntava se ele estava ansioso por começar a escolinha dele ja este ano um sentimento quente deixou-me mudo.
Tinha os punhos cerrados e um a um ia estendendo os dedos a medida que ele ia devagar e cautelosamente contando os numeros. Chegámos a 15 sem que se enganasse uma unica vez. Quando lhe perguntei como é que tinha conseguido ele limitou-se a virar-se para mim e a apontar. E é verdade já tinhamos os dois tentado aprender os numeros e ele conseguiu aprender 15 orgulhosos numeros. Eu nada disse.

As vezes são as coisas simples e às quais nem prestamos atenção que nos deixam orgulhosos e a brilhar por dentro.

A medo escrevo estas linhas receando que o espaço não seja o mais indicado. Hoje apetece-me escrever, apetece-me como não apetecia à muito, demasiado, tempo.
Hoje o dia nada teve de especial, pacato, uma data que nada terá a recordar. Mas até dias assim servem um propósito. Por entre dias de cansaço e noites que lhes copiam os hábitos e se misturam fazendo-me perder o norte, sabe bem parar e respirar. Têm sido francamente cansativos os últimos meses. No meio de uma vida académica que exigiu mais de mim do que eu antecipava e que não correu pelo melhor e de um relacionamento agitado que ora me fazia acordar a sorrir como logo a seguir não me deixava pregar olho, eu mal podia esperar pelo momento do dia em que me despedia do resto do mundo apagava as luzes e ficava só eu, sentado no escuro de olhos fechados com o brilho do monitor reflectido na cara, com os phones postos e a ouvir a minha musica. Tem sido uma boa âncora, um bom porto seguro, o meu pequeno mundo autista que sempre me deu refúgio. A música tornou-se uma parte da minha vida, mais importante do que alguma vez poderia ter previsto. A minha guitarra tornou-se uma amiga que no final do dia, tivesse eu feito fosse o que fosse, nunca me deixou mal.

E é por isso que apresento aqui mais um projecto em que estou envolvido. Dele fazem parte pessoas que como eu têm uma forma muito própria de encarar a música. Guru é o nome deste projecto de amigos, o convite a mim foi-me feito por um amigo que apesar de só me ter conhecido escassos meses antes conseguiu criar comigo uma empatia incomum, fez-me o convite e eu, ainda que com algum receio de não conseguir corresponder às expectativas do projecto, aceitei. Senti-me bem por haver quem me reconheça qualidades e naquele momento sentia-se no ar que o Guru havia de ser algo em grande. Ainda penso assim.


Mais sobre o Guru aqui:

MySpace

http://projectoguru.blogspot.com/

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quinta-feira, maio 22, 2008

Lembrar as manhãs de fim-de-semana.

Eu sei que ultimamente só pareço publicar aqui vídeos mas todos eles merecem.

Agora este é muito especial para mim criança do principio dos anos 90 que acordava de manhã para ver os desenhos animados da RTP1 tivesse ou não a emissão já começado. E depois veio o dragonball e nunca mais lhes liguei.


terça-feira, maio 20, 2008

Não conteis a ninguém mas consta que um dos fundadores deste blogue conta com mais uma primavera.

Pista: Não sou eu.

domingo, maio 18, 2008

Imagina....ção

O que uma boa imaginação e um pouco de parvoíce seguídas de uma câmera e uma conexão à internet podem fazer. AH! e não esquecer que os dez dedos e a capacidade de escrever são indispensáveis! Por favor não levem a mal os gestos que possam considerar ofensas. Agora sem mais demora directamente do circo cardinal, Daft Hands!!!

quinta-feira, maio 15, 2008

Ok, aqui está a prova irredutivel que os cavalos são mais espertos que os americanos. Senhoras e Senhores, apresento-vos: Patches

terça-feira, maio 13, 2008

Tal XVII

Portanto, estava eu a arrumar a gaveta das cuecas (sim, eu não uso boxers) quando de repente pensei que seria uma oportunidade perfeita para ir ao blog. Reparo também que já não faço um texto parvo há algum tempo (dia 30/03 mais precisamente). E considerando que o Jorge encarrega-se de pôr aqui os temas mais sérios sobre determinadas situações, cai sobre mim o peso enorme de manter a parvoíce. Quer dizer, as pessoas usam a Internet para se divertirem, não acham? (isto é, "supostamente")

Por isso, hoje vou falar de baterias.

É estranho ver a bateria do meu portátil não funcionar. Dizem que está viciada. Bom, eu ao aperceber-me disto tentei que os melhores métodos de desintoxicação fossem aplicados. Dito isto, não ponho a bateria ligada ao seu "vicio" há já algum tempo. Preciso obviamente de ajuda profissional, porque isto assim é uma pouca vergonha. Não há instituições para reabilitar baterias? Só as reciclam é? Eu tive de fechar a minha bateria num quarto pequenino!! *snif* *snif* Ainda estou a ouvi-la a bater contra a porta... (se bem que tinha uma voz muito parecida com a do meu irmão). Mas porque é que eu fiz isto? Lá está, não tenho ajuda profissional para lidar com "energio-dependentes"... Não me digam que tenho de ir pôr a bateria numa clínica espanhola...

segunda-feira, maio 12, 2008




Tinha tanto de pôr este vídeo aqui. Existem bons músicos neste cantinho do mundo, existem em alguns muito bons e depois existe o David Fonseca. Músico,criativo, artista, intelectual, uma lufada de ar fresco para os apreciadores de música.

terça-feira, maio 06, 2008

Zeitgeist


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segunda-feira, maio 05, 2008

Religião

Ok, eu admito, eu sou católico. Não há problema nenhum em dizer isto acho eu. Dito isto, eu fui nos últimos cinco dias a uma peregrinação a Fátima (cerca de 150km). É uma experiência fenomenal que cada vez menos pessoas experimentam.

O que se passa é o seguinte: ao voltar seria de esperar que colegas meus da faculdade respeitassem o esforço dos peregrinos, e se não fizessem isso, ao menos respeitassem a religião (sendo ateus, de certeza). Mas não aconteceu isso. Logo no dia a seguir a voltar a casa finalmente, ainda com dores, fui para a faculdade. E um certo colega diz-me assim: "Ah, já sei porque foste a Fátima! Foi para rezar pelo Sporting não foi?"

Não gostei. O modo de gozo com que ele disse aquilo provavelmente passaria em qualquer outro dia. Mas ele atacou-me mesmo onde mais me doía naquela altura. Para muitos será difícil perceber a minha ira (calma, eu não fiz nada ao rapaz!), mas digam-me lá: os ateus não são aqueles que não acreditam, mas que respeitam a religião dos outros mesmo assim? Ora, aquilo foi um bocado de uma falta de respeito, na minha opinião. Então o sacrifício que cerca de 80 pessoas fizeram para caminhar merece alguma vez isto? As dores intermináveis? As bolhas? As seringas de sangue que são drenadas dos pés de alguns? O calor abominável? Os desmaios? A persistência e a tenacidade dos peregrinos? O sofrimento e a alegria geral que é chegar a Fátima a pé?

Não me digam que não tenho razão para estar um pouco zangado...