sábado, maio 24, 2008

A medo escrevo estas linhas receando que o espaço não seja o mais indicado. Hoje apetece-me escrever, apetece-me como não apetecia à muito, demasiado, tempo.
Hoje o dia nada teve de especial, pacato, uma data que nada terá a recordar. Mas até dias assim servem um propósito. Por entre dias de cansaço e noites que lhes copiam os hábitos e se misturam fazendo-me perder o norte, sabe bem parar e respirar. Têm sido francamente cansativos os últimos meses. No meio de uma vida académica que exigiu mais de mim do que eu antecipava e que não correu pelo melhor e de um relacionamento agitado que ora me fazia acordar a sorrir como logo a seguir não me deixava pregar olho, eu mal podia esperar pelo momento do dia em que me despedia do resto do mundo apagava as luzes e ficava só eu, sentado no escuro de olhos fechados com o brilho do monitor reflectido na cara, com os phones postos e a ouvir a minha musica. Tem sido uma boa âncora, um bom porto seguro, o meu pequeno mundo autista que sempre me deu refúgio. A música tornou-se uma parte da minha vida, mais importante do que alguma vez poderia ter previsto. A minha guitarra tornou-se uma amiga que no final do dia, tivesse eu feito fosse o que fosse, nunca me deixou mal.

E é por isso que apresento aqui mais um projecto em que estou envolvido. Dele fazem parte pessoas que como eu têm uma forma muito própria de encarar a música. Guru é o nome deste projecto de amigos, o convite a mim foi-me feito por um amigo que apesar de só me ter conhecido escassos meses antes conseguiu criar comigo uma empatia incomum, fez-me o convite e eu, ainda que com algum receio de não conseguir corresponder às expectativas do projecto, aceitei. Senti-me bem por haver quem me reconheça qualidades e naquele momento sentia-se no ar que o Guru havia de ser algo em grande. Ainda penso assim.


Mais sobre o Guru aqui:

MySpace

http://projectoguru.blogspot.com/

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1 Comments:

At 8:24 da tarde, Blogger Rei Bacalhau said...

Cada pessoa tem a sua maneira de escapar à sociedade comum. Uma maneira propria de se desligar completamente do mundo. Contigo é a música. Comigo são os jogos de computador. Parece uma piada mas não é, e estando eu também no meio académico sei o que sofres. Também vejo o que acontece às pessoas que não têm uma escapatória como nós. Ficam deprimidas, de rastos, parecem zombies completos. Tenho muitos desses na faculdade...

 

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